Operação Metástase: o outro lado da história

Pacientes e funcionários do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH) foram surpreendidos na manhã do dia 12 de dezembro de 2019 por policiais civis armados e encapuzados circulando pelo centro médico. Toda movimentação se deu pela Operação Metástase, que tem o intuito de investigar uma suposta cobrança exagerada e atendimento indevido de serviços prestados ao Ipasgo pela empresa.

Ao todo, 160 profissionais da Polícia Civil de Goiás estiveram no hospital e na casa de diretores da unidade cumprindo mandados de busca e apreensão. Na divulgação do caso, foram apresentados pela Polícia Civil pontos que não condizem com a verdade e que serão comprovados durante a investigação:

1 – A associação da morte de um paciente que se tratou apenas uma vez na instituição é leviana e inoportuna. O Sr. A.F.A. era um paciente com câncer avançado e já havia realizado dois tratamentos em uma clínica concorrente. Após a rejeição ao último tratamento, a família suspendeu o medicamento por conta própria e resolveu buscar outra visão médica no INGOH. Na unidade, foi prescrito um medicamento de um laboratório de referência multinacional e compatível com a doença do paciente, fato que pode ser comprovado através de estudos internacionais e da própria bula;

2 – A acusação de ministrar medicamentos em quantidade menor que o recomendado não condiz com a política de ética da empresa. Todos os protocolos médicos oficiais são respeitados, e com controles em nível de certificação internacional;

3 – A denúncia de aplicação de medicamentos vencidos em pacientes é totalmente falsa. No INGOH, os medicamentos são etiquetados como vencidos e/ou separados do resto do estoque. Depois de identificados, são encaminhados para incineração e aterro sanitário específico ou de volta para Vigilância Sanitária, ou seja, sempre descartados da forma correta. Além desta atitude padrão, os produtos que entram na farmácia da unidade recebem um código, e sempre que vão ser usados são rastreados pelo sistema de informática. Quando o medicamento está fora da data de validade, o sistema acusa a alteração, e não aceita a liberação deste medicamento para uso.

4 – Todas as auditorias foram feitas pelo Ipasgo, e os descontos do contrato foram realizados, cabe aos funcionários do plano de saúde a confirmação. Com relação à glosagem baixa, isso nada mais é do que a comprovação de um serviço prestado com excelência.

5 – Sobre as auditorias feita por robôs, o INGOH não tem nenhuma relação ou controle sobre o trabalho realizado dentro do Ipasgo. A Instituição apoia toda e qualquer investigação sobre o assunto.

6 – Com relação ao aumento dos valores repassados ao INGOH entre 2013 e 2018, isso é resultado de um aumento na demanda. Ao receber um tratamento sem nenhum custo de coparticipação, era natural que o paciente optasse pela unidade de saúde.

7- Sobre as apreensões de bens durante a ação da polícia, é importante ressaltar que as obras de arte já faziam parte do acervo da família desde os anos 90, que o avião foi adquirido há mais de 20 anos (fato comprovado nas declarações do IR) e que apenas três veículos apresentados pela mídia foram apreendidos com a família.

Praticamente todas as acusações não possuem qualquer indício ou mesmo provas mínimas. Para prestar esclarecimento à população, o INGOH criou uma ouvidoria exclusiva. Basta ligar no número (62) 3226-0200 e digitar a opção 5 para ser atendido ou enviar mensagem pelo Whatsapp (62) 3941-1951.