Sobre o caso do Sr. Alexandre Francisco de Abreu, esclarecemos que a tentativa de associar a morte de um paciente que teve conosco uma única seção de medicação é leviana e extremamente inoportuna.

Após dois protocolos de tratamento contra sua enfermidade, feitos em uma clínica concorrente (que também participava do Programa Especial de Quimioterapia do IPASGO), o paciente, portador de um câncer avançado, sem resposta a dois tratamentos anteriores, manifestava a intenção de mudança de local e de forma de seu último tratamento, que lhe causava reações colaterais graves, até mesmo piores que os de sua doença.

Então, foi-lhe proposto e prescrito, após consentimento, uma medicação patenteada (Tarceva), produzida por um laboratório de referência multinacional (Roche), para tratamento de cunho paliativo. Todos os documentos comprobatórios serão apresentados no decorrer das investigações.

Sobre o Tarceva

Ao acusar que o uso do Tarceva é inadequado, o perito criminal Antônio Leonardo Gonçalves Leite, desconsidera que a Food and Drug Administration (FDA), uma agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, só superou a indicação do medicamento para tratamento de câncer de pulmão no final do ano de 2017, e que o tratamento do paciente com o Tarceva foi realizado no início deste mesmo ano. Já se levarmos em conta apenas a bula do medicamento no Brasil, até o presente momento existe a indicação do uso do Erlotinibe (Tarceva) para o tratamento de câncer de pulmão. 

O Tarceva pertence à categoria das drogas terapia-alvo, aquelas que combatem principalmente as células doentes, preservando durante um tempo as células sadias. Ela inibe um dos receptores responsáveis pela multiplicação da célula tumoral. A indicação, como todos os remédios de terapia-alvo, é para pacientes com a doença em fase avançada. Ou seja, quando a doença não responde à quimioterapia.

A aprovação do Tarceva foi baseada em estudos que mostraram que pacientes tratados com o remédio tiveram um aumento na sobrevida média de 42% quando comparados com aqueles que receberam placebo. O tempo de sobrevida médio dos pacientes tratados com a droga é de dois meses, mas estudos mostraram que alguns viveram mais dois anos.

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