Cinco suspeitos foram presos, na capital paulista, por envolvimento com falsificação e revenda de remédios para hospitais de nove estados brasileiros. A investigação durou mais de dois anos e somou forças das Polícias Civis dos estados de Goiás, Piauí e São Paulo. O desfecho da prisão foi exibido em reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, neste domingo (14). Pautada sobre a verdade, a matéria revela que o INGOH e demais hospitais foram vítimas da quadrilha.
Ao concluir o inquérito de investigação sobre este caso, a polícia piauiense constatou que o hospital da rede particular daquele estado foi vítima da quadrilha, por receber o medicamento falsificado. Ao contrário do INGOH, que, mesmo tendo participação equivalente, foi taxado como suspeito durante as investigações em Goiás.
O trabalho da Polícia do Piauí foi iniciado um ano antes da operação organizada por um grupo especial da Polícia de Goiás. A ação em Teresina culminou com um cerco aos suspeitos falsificadores na capital paulista e nas cidades de São Caetano do Sul e Cotia, ambas no estado de São Paulo. A ação foi coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí, com apoio de delegados paulistas e goianos convocados para ajudar na operação.
Durante as investigações, os policiais piauienses perseguiram o rastro de fornecimento para descobrir quem falsificou os medicamentos. Já em Goiás, o inquérito não buscou os autores, mas foi direcionado para incriminar a clínica e os médicos que utilizaram o medicamento falso.
O INGOH, assim como outros 1700 hospitais, adota o sistema de compras, via plataforma digital, cuja empresa detém a responsabilidade de cadastro e monitoramento de fornecedores. A empresa, de nome Bionexo do Brasil S.A., não permite que o comprador, no caso, o INGOH, tenha contato direto com o fornecedor do medicamento. Portanto, os compradores dependem exclusivamente das informações repassadas pela Bionexo.
À época, como comprova a nota fiscal apresentada em reportagem e no inquérito policial que corre em Goiás, o preço do medicamento apresentado pela Bionexo condizia com o praticado no mercado. Portanto, o INGOH realizou a compra, em outubro de 2017, sem quaisquer suspeitas iniciais, visto que o remédio teria sido fabricado por laboratório conceituado, apresentava preço de mercado e estava cadastrado em sistema eletrônico de compras – usado por quase 2 mil hospitais no País inteiro.
A partir de dezembro de 2019, o INGOH publicou diversas notas tentando esclarecer que também era vítima dos falsificadores e que considerava injusta a associação entre o remédio falsificado e o nome do instituto. No entanto, o delegado do caso, Luiz Gonzaga Júnior, do Grupo de Combate à Corrupção, chegou a convocar publicamente a população para que apresentasse mais denúncias contra o INGOH. Cinco reclamantes apareceram: um continua sustentado pelo referido delegado, dois foram descartados por falta de nexo e outros dois ainda não convenceram a Delegacia de Homicídios, para onde foram encaminhadas as denúncias.
Depois das prisões em São Paulo, a Polícia do Piauí revelou que além do INGOH, de Goiânia, diversas clínicas de nove estados brasileiros foram vítimas dos mesmos falsificadores. Entre outras cidades, eles agiam em Teresina, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre e já se preparavam para exportar o remédio falso. Nestas capitais (exceto em Goiânia) os nomes das clínicas foram mantidos sob sigilo, para que não houvesse prejuízo aos pacientes nem às próprias instituições.
O Secretário de Segurança do Piauí, Fábio Abreu, afirmou que a operação foi autorizada pela Justiça para interromper o mercado de falsificados que coloca vidas em risco e gera prejuízos para as clínicas de tratamento oncológico. O Secretário conta que a primeira evidência de remédio falsificado foi levada para análise química, comparada com o verdadeiro fabricante e testada pelos peritos da Polícia Técnico Científica e pela Vigilância Sanitária. A partir das notas falsas foi possível chegar aos revendedores.
Em Goiás, somente uma caixa com seis cápsulas do suposto medicamento foi adotada como prova. Os comprimidos não são semelhantes aos demais encontrados em diversas capitais e a numeração da embalagem não possui nota fiscal ou qualquer outra prova de entrada e/ou saída no INGOH. Inclusive, nem mesmo na sede da revendedora, onde a polícia paulista realizou busca e apreensão, foram encontradas notas fiscais referentes ao lote apresentado pela investigação local.
Os suspeitos presos em São Paulo serão indiciados por vender medicamentos falsos, o que não admite pagamento de fiança, já que é considerado crime hediondo. Todos eles já estiveram envolvidos em outra distribuidora de medicamentos falsificados, mas criaram uma nova marca e mantiveram o “negócio”.
Ao contrário do que tentam imputar ao INGOH, a instituição preza, desde sempre, pela qualidade de medicamentos e insumos fornecidos a seus pacientes e, por isso, trabalha com laboratórios de renome internacional, como a Pfizer. Tanto que, tão logo foi informado sobre a referida falsificação, em março de 2018, o INGOH registrou o ocorrido na Vigilância Sanitária local: a aquisição, via portal eletrônico, de uma única caixa, em outubro de 2017, portanto, cinco meses antes da adulteração ter sido percebida pelas autoridades. Mesma caixa – e única – que fora encontrada em nota fiscal apreendida na empresa falsificadora, com sede na capital paulista.
Apesar de ainda estar sob apuração policial o possível uso e quais efeitos que esta única caixa de medicamento falsificado teriam causado ao paciente personagem da reportagem, o INGOH já estende sua solidariedade à família da vítima. Com respeito que o caso exige, o Instituto reforça que se mantém à disposição para eventuais esclarecimentos, pois entende que, assim como a empresa trabalha para que a verdade venha à tona, os familiares da vítima também merecem ter amparo e tranquilidade na veracidade dos fatos.
O INGOH enaltece o trabalho de investigação que culminou na prisão desses indivíduos, cuja falta de consciência, empatia e solidariedade permitem-se à audácia de colocar em risco vidas humanas. Além disso, agradece pelo esclarecimento, difundido por meio deste material sério e honesto produzido pela imprensa, de também ter sido mais uma entre tantas vítimas desta quadrilha Brasil afora.
Eu sempre soube que o INGOH não estava envolvido e acho um absurdo o que aconteceu.A clínica,do meu ponto de vista é um lugar de extremo cuidado aos que lá são tratados e tem referencial compatível com excelência.Sempre fui tratada com respeito, competência e profissionalismo,em cerca de 20 anos que venho sendo atendida pela Dra Ketlin Vasconcelos Pinheiro e só tenho a agradecer e cumprimentar a todos que fazem parte do quadro de profissionais dessa instituição maravilhosa!
Obrigada pelo esclarecimento.
Fico feliz e tranquilizada e desde já desejo ao Ingoh e seus colaboradores que tudo seja perfeitamente esclarecido com a irrefutável comprovação da lisura desta instituição.